A osteonecrose da cabeça femoral, também conhecida como necrose avascular da cabeça femoral, é uma condição em que ocorre a morte das células ósseas da cabeça do fêmur devido à interrupção do suprimento sanguíneo. Isso pode levar à degeneração da articulação do quadril, resultando em dor e perda de função.
Esta condição é semelhante ao infarto do coração, porém, no coração, por ter um tecido bastante inervado, ocorre dor intensa e o paciente procura ajuda médica a tempo. As estruturas ósseas não possuem inervação tão exuberante, por isso, na maioria das vezes, a dor só aparece em estágios mais avançados da doença, quando a articulação já está bastante degenerada.
A cabeça femoral é suprida por uma rede de vasos sanguíneos relativamente pequena e delicada. Se a circulação sanguínea for interrompida ou reduzida, as células ósseas da cabeça femoral podem morrer, pois dependem desse suprimento constante de sangue para receber oxigênio e nutrientes. A parada da circulação pode ocorrer por diferentes mecanismos, como oclusão vascular que significa o entupimento dos vasos, aumento da pressão dentro do osso, dificultando a entrada de sangue, lesão direta aos vasos, que é muito comum nos casos de fratura do colo do fêmur ou outros fatores que interferem na microcirculação
1. Trauma: Fraturas do colo femoral ou deslocamentos do quadril podem danificar os vasos sanguíneos que irrigam a cabeça femoral. Essa lesão pode acontecer pela própria ruptura dos vasos ou pelo entupimento das artérias causada pela coagulação pós-traumática.
2. Uso Prolongado de Corticosteroides: O uso crônico de corticosteroides está associado ao desenvolvimento de osteonecrose, possivelmente devido a efeitos sobre o metabolismo de gordura e a sua influência na microcirculação.
3. Consumo Excessivo de Álcool: O alcoolismo pode levar à osteonecrose pela alteração do metabolismo lipídico, que pode obstruir vasos sanguíneos menores, ou pela toxicidade direta aos osteócitos, que são as células que atuam na produção de osso.
4. Doenças Reumatológicas ou do Sangue: Doenças como lúpus eritematoso sistêmico, anemia falciforme e dislipidemias podem predispor à osteonecrose por mecanismos que afetam a coagulação e a microcirculação, aumentando o risco de trombose nas artérias que irrigam a cabeça femoral
5. Embolia Gordurosa: Frequentemente associada a fraturas ou a certas condições médicas, pequenas partículas de gordura podem bloquear os vasos sanguíneos que alimentam a cabeça femoral.
O diagnóstico envolve uma combinação de história clínica, exame físico e exames de imagem. Inicialmente, radiografias podem mostrar alterações estruturais na cabeça femoral. Em estágios mais precoces, antes das alterações serem visíveis nas radiografias, a ressonância magnética (RM) é o método de escolha para detectar a necrose avascular, pois consegue identificar a necrose óssea antes das alterações estruturais.
A necrose avascular da cabeça femoral é frequentemente classificada em estágios:
– Estágio I: Não há alterações visíveis nas radiografias, mas a RM pode mostrar sinais iniciais de necrose.
– Estágio II-A: Alterações estruturais começam a aparecer nas radiografias, mas a forma da cabeça femoral ainda está preservada.
– Estágio II-B: Observa-se alterações estruturais na radiografia e a presença de colapso da cabeça femoral, porém sem sinais de deformidade articular.
– Estágio III: Colapso da cabeça femoral se torna evidente, com deformação da superfície articular.
– Estágio IV: Colapso completo da cabeça femoral com osteoartrite secundária do quadril.
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O tratamento depende do estágio da necrose e dos sintomas do paciente:
1. Estágios Iniciais (I e II-A):
– Conservador: Medidas como uso de medicamentos anti-inflamatórios, restrição de carga no quadril e fisioterapia podem ser tentadas para alívio dos sintomas.
– Cirúrgico: Procedimentos como descompressão da cabeça femoral (core decompression) e enxerto de estruturas biológicas ou sintéticas podem ser realizados para aliviar a pressão intraóssea e estimular a revascularização.
2. Estágios Avançados (II-B, III e IV):
– Cirúrgico: Quando há colapso da cabeça femoral a artroplastia total do quadril (prótese) é a melhor opção indicada para restaurar a função articular e aliviar a dor.
O tratamento é diretamente relacionado ao grau da necrose. Nos estágios iniciais, o objetivo é evitar a progressão da doença, enquanto nos estágios avançados o foco é restaurar a função da articulação e aliviar a dor.
De forma simples e extremamente prática, você já pode falar com um de nosso consultores e escolher o dia e o horário para se consultar com o Dr. Murilo Almeida.
Caso tenha dúvidas em relação à prótese de quadril ou aos exercícios acima citados, agende uma consulta e se informe melhor! Quando há informação, os riscos reduzem consideravelmente.
A prótese bilateral não impede que você durma de lado. Tomando os cuidados necessários para evitar complicações como a luxação, você poderá dormir na posição que mais lhe agradar.
Depende muito da sua força muscular, do andamento da cirurgia e do tipo de implante que foi colocado. Normalmente próteses sem cimento necessitam de 6-8 semanas para ter uma boa osteointegração. Durante este período recomenda-se que se use muletas ou andador para auxiliar na deambulação.
Você pode andar de carro sem problemas. Não poderá ser o motorista, pois se precisar frear ou mobilizar a perna com rapidez poderá sentir dor e involuntariamente causar um acidente.
Normalmente uma prótese sai do lugar por dois motivos: ou foi mal posicionada durante a cirurgia ou houve uma movimentação fora do habitual, forçando a articulação do quadril. Após a recolocação da prótese deverá ser feito uma avaliação para determinar se há instabilidade articular. Se não houver, as orientações serão as mesmas da cirurgia inicial, se houver a instabilidade deverá ser aventada a possibilidade de revisão da cirurgia.
Conheça os relatos de alguns dos nossos pacientes e entenda o motivo do Dr. Murilo ser referência quando o assunto é quadril.
27 de fevereiro de 2024
O caso do meu filho era joelho.. apesar da especialidade do Dr Murilo ser quadril,eu confio muito nele.. pois tbem já fui paciente dele e sempre foi muito atencioso e acertivo comigo. Sem contar a sua pontalidade. Recomendo ele para todos, um execelente profissional.
15 de janeiro de 2024
Excelente profissional, Dr Murilo me apresentou um tratamento simples, direto e que surtiu efeitos. Super recomendo.
27 de novembro de 2023
Muito atencioso, e detalhou bem sobre o meu caso. Foi indicação e indico para quem está atrás de um médico top na parte de quadril.
21 de novembro de 2023
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Médico Ortopedista e Traumatologista, Membro da Sociedade Brasileira do Quadril e da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia.
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Gostei muito do atendimento e a forma de explicar o meus problemas! Tudo que ele falou bateu nos exames. Estou me recuperando bem. Excelente profissional.