No retorno, já no consultório, o médico faz a avaliação da ferida pós-operatória e da possibilidade de sangramento, vermelhidão, sinais inflamatórios e infecciosos. Com duas semanas, na maioria das vezes, já há a cicatrização da ferida e os pontos poderão ser retirados, isto possibilita ao paciente uma maior liberdade, já que o risco de infecção diminui. Neste meio tempo, é imprescindível que o paciente realize exercícios de fortalecimento e acompanhamento com fisioterapeuta.

Após uma cirurgia como a artroplastia de quadril, a orientação é que o paciente faça acompanhamento fisioterápico para fortalecimento. Atualmente, existem clínicas especializadas, que trabalham somente com pós-operatório. Assim, elas trabalham com protocolos específicos para a recuperação, como ganho de força e movimento, fortalecimento, alívio de dor e recuperação global. Portanto, é muito importante que paciente e cirurgião discutam também sobre o profissional que vai acompanhar e orientar a recuperação.

Com um mês de pós-operatório, o retorno será para avaliar a fixação e posicionamento da prótese. Assim, o paciente fará algumas radiografias. Além disso, serão avaliados qualidade de vida, movimentação e dor para verificar a possibilidade de retorno às atividades. Pacientes que trabalham em escritório ou com atividades que não exigem grande movimentação, geralmente, já podem retomar as atividades. Da mesma maneira, é neste período que o paciente será liberado para voltar a dirigir, pois já possui força e reflexo, e já há melhora importante na dor.

No segundo mês de recuperação, para os casos de prótese não cimentada, uma nova radiografia será realizada para observar a osteointegração — que é quando o osso cresce ao redor da prótese, “abraçando-a”. Também nesta consulta é avaliada a recuperação de força e movimentos, bem como programada a fase final da fisioterapia. É neste período que a grande maioria dos pacientes é liberada para voltar a realizar suas atividades cotidianas de baixo impacto.

Após quatro a seis meses da cirurgia, espera-se que o paciente tenha retomado completamente todas as suas atividades, para uma vida normal, respeitando sempre as limitações impostas pela prótese.

Mas, lembre-se, cada paciente é único, cada caso é específico. Desta forma, o tempo de recuperação é estimado e pode variar de um paciente para outro, o que é totalmente normal.